O Esculápio

Desde pequeno o herdeiro dos Wilcowski mostrou sua vocação para a arte galênica, brincando de médico com todas as menininhas do bairro. Por isso não foi surpresa quando entrou para a Escola Baiana de Medicina. Embora não se entenda que tempo encontrou para isso entre suas obrigações na Marinha Mercante e na zona local, em seis anos o jovem Roger recebeu a sua licença para matar. Mais uns anos de residência, nos quais dividia o seu tempo entre o Hospital das Clínicas e os bares circunvizinhos, meteram-lhe nas mãos o seu canudo de cardiologista. Ainda hoje ele utiliza o seu canudo para impressionar as mocinhas.

Roger nunca deixou que o sucesso lhe subisse à cabeça e até hoje faz atendimento em domicílio na periferia de Salvador.

 

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