A Presidenta

 

s gazetas dessa manhã nos dão conta de que está sendo proposto o nome da nossa modesta fiel Roseana Sarney para a sucessão presidencial. Uma mulher na presidência!

Susto semelhante sofremos anos atrás quando foi proposta para a presidência do nosso católico país um sinistro candidato que afirmara não acreditar em Deus. A situação então era mais equilibrada, considerando-se que Deus tampouco acreditava nele. Mas errar não é só humano como divino e o Pai Celeste, ao perceber seu engano de avaliação política com a eleição do Doutor Fernando Henrique Cardoso, encarregou-se de trazer a luz ao seu espírito, que Deus tudo pode e quando pode tudo faz. Hoje nosso presidente não só crê em Deus Pai, todo poderoso, como em todo o resto da letra do Credo, é freqüentador assíduo da nossa missa dos domingos e contribuinte generoso da nossa caixa de coleta, além de usar os serviços de um personal preacher, cargo esse que tenho a honra que exercer.

A coisa toma uma certa gravidade quando se propõe o nome de uma mulher para dirigir o destino dessa nossa já sofrida população. Quisesse Nosso Senhor Jesus Cristo que fôssemos conduzidos por mulheres, teria escolhido Maria Madalena e não Pedro para entregar as chaves da sua Igreja. Do mesmo modo que na direção de nossa Igreja sempre temos alguém de porte altivo e mãos firmes, a nossa presidência não pode ser entregue a uma frágil representante do sexo feminino.

Como deixar a gerência das nossas riquezas nas mãos de uma frágil criatura que não consegue fazer uma simples conciliação bancária? Como permiti-la controlar o nosso orçamento, quando não consegue gerenciar o próprio cartão de crédito? Como confiar que em viagens ao exterior, pagas pelo erário, voltará com contratos benéficos ao nosso desenvolvimento e não com malas e malas de roupas, perfumes e outras bugigangas?

Irmãos, não podemos incorrer novamente no erro que cometemos, ao confiar em Eva. Não podemos nos expor a perder novamente o Paraíso, embora não possamos chamar bem de Paraíso isso que está aí. De qualquer modo, não podemos nos arriscar a chegarmos ao ponto de sentir saudades do tempo em que éramos dirigidos com firmeza e serenidade por graves senhores de sólida formação religiosa e marcial.

Oremus!

Padre Américo

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