O Seio da Família


s mamas são como as palavras; firmeza é fundamental. Uma vez postas para fora, elas devem sustentar-se por seus próprios méritos. E, uma vez postas para fora, tem que se assumir a responsabilidade por todo o rebuliço que elas possam provocar.

Podemos assegurar que a nossa irmãzinha Rosemari, que nos encanta semanalmente no confessionário com seus divertidos pecadilhos, sempre as teve firmes. Sempre as assumiu, nunca as colocando na boca dos outros, exceto talvez na do pacato Saraiva. Mas colocar palavras na boca do próprio esposo é muito natural para as mulheres e aceito como pecado apenas venial pela nossa Santa Madre Igreja.

Isso vem a propósito da infantil atitude do Governador Garotinho, protestante confesso, de perseguir policialmente os nossos fieis, numa atitude revanchista por estar perdendo a sua clientela para o novo marketing carismático da nossa Única e Verdadeira Igreja.

Tudo começou quando num gesto pouco cristão algumas mulheres despeitadas protestaram pelo fato da nossa recatada fiel ter distraidamente deixado cair o califon do seu composto traje de banho. Essas protestantes, preocupadas porque os habitualmente flácidos membros da sua igreja alternativa, teimavam em levantar-se para saudar a nossa catolicíssima Rosemari, acionaram a Polícia, que sabedora de que não se tratava de algum arrastão ou outro evento que lhe pudesse ameaçar a integridade física, compareceu de imediato ao local.

Numa atitude policialesca, mesmo para policiais, tentaram vestir à força a nossa fiel, enquanto os protestantes a chamavam de Jezebel e de Satanás ao seu honesto esposo. Nada menos verdadeiro, sendo o manso Saraiva um exemplo de correção,  que comparece às missas dominicais e não se esconde na hora da coleta, não tendo os chifres que essa iníqua turba lhe queria atribuir.

Essa atitude impensada da nossa polícia, que traz a confusão ao seio da família brasileira, dividido entre os marginais que o obriga a despir-se e a polícia que o obriga a cobrir-se, deve ser lembrada nas próximas eleições, quando deveremos eleger um bom e católico candidato e não um desses modernos fariseus, que recolhem para si o dízimo de nossa população sem repassar o royalty devido à Santa Igreja de Pedro.

Oremus!

Padre Américo

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